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Alegação[]

A evolução não pode ser uma tese, porque uma tese deve ser provada, enquanto que a doutrina da evolução é não-provada e também não-palpável.[1]

Resposta[]

Nada no mundo real pode ser provado com absoluta certeza.''* Porém algo pode ser afirmado com alto grau de certeza. No caso da evolução, nós temos montanhas de dados e evidências provenientes de diversos campos de conhecimento. Extensivas evidências podem ser encontradas em diferentes formas, mostradas a seguir:

  • Toda a vida na Terra mostra uma unidade nos mecanismo de replicação, hereditariedade, catálise e metabolismo.
  • Ancestralidade comum prevê uma hierarquia organizada, ou em grupos dentro de grupos. Nós vemos tal arranjo em uma única, consistente e bem definida hierarquia, a saber, a chamada árvore da vida.
  • Linhas diferentes de estudos dão os mesmos arranjos para a árvore da vida. Nós temos os mesmos resultados, não importando se olhamos morfologicamente, bioquimicamente ou geneticamente.
  • Fósseis animais também se encaixam na árvore da vida. Temos vários exemplos de fósseis transicionais.
  • Os fósseis aparecem em uma ordem cronológica, com as mudanças consistentes com ancestrais comuns após centenas de milhares de anos, e inconsistentes com criação repentina.
  • Muitos organismos possuem órgãos vestigiais rudimentares, como olhos que não enxergam ou asas que não voam.
  • Atavismos ocorrem de vez em quando. Um atavismo é o reaparecimento de uma característica presente em um ancestral distante, mas que foi perdido nos ancestrais recentes. Os atavismos são sempre consistentes com a história evolucionária do organismo.
  • Ontogenia (embriologia e biologia do desenvolvimento) fornece informações sobre a história evolucionária do organismo. Por exemplo, embriões de baleias e de muitas cobras apresentam membros inferiores, que depois são reabsorvidos após o nascimento.
  • A distribuição das espécies é consistente com sua história evolucionária. Por exemplo, marsupiais estão mais limitados à Austrália, e as exceções podem ser explicadas pela deriva continental. Ilhas remotas geralmente possuem espécies de animais que são altamente diversificados, mas próximos geneticamente. Tal consistência ainda permanece quando é incluída a distribuição por fósseis.
  • A evolução prevê que novas estruturas são adaptadas de outras que já existiam, e, portanto similaridades estruturais refletem a história evolucionária dos organismos. Por exemplo, mãos humanas, asas de morcegos, patas de cavalos e nadadeiras de baleias, todos possuem estrutura óssea similar, apesar de funções completamente diferentes.
  • O mesmo princípio vale a nível molecular. Humanos partilham uma vasta quantidade de seus genes (cerca de 70%) com moscas da fruta e com nematóides.
  • Quando dois organismos evoluem a mesma função independentemente, surgem diferentes estruturas. Por exemplo, asas de pássaros, de morcegos, pterodátilos e de insetos. E muitos outros animais podem planar de várias outras formas. E, de novo, isso também ocorre em nível molecular.
  • As limitações do desenvolvimento evolucionário algumas vezes levam a estruturas ineficazes em alguns aspectos. Por exemplo, a garganta e o sistema respiratório humano tornam impossível respirar e engolir ao mesmo tempo, sob o risco de sufocar.
  • Estruturas ineficazes também aparecem a nível molecular. Por exemplo, grande parte do DNA não possui função.
  • Alguns DNAs sem função, como transposons, pseudogenes e vírus endógenos, mostram um padrão de hereditariedade, mostrando ancestralidade comum.
  • A especiação já foi observada.
  • Os aspectos da evolução dia-a-dia — variabilidade genética, mudanças morfológicas, mudanças funcionais, e seleção natural — ocorrem em taxas consistentes com ancestrais em comum.

Ainda mais, as diferentes linhas de pesquisa são consistentes entre si, todas elas apontam para o mesmo fato. Por exemplo, evidências à partir da duplicação dos genes no genoma do levedo mostram que sua habilidade para fermentar glicose evoluiu cerca de oito milhões de anos atrás. Evidências fósseis mostram que frutas fermentáveis se tornaram comuns em torno do mesmo período de tempo. Outras evidências genéticas que mostram essa mudança são encontradas em plantas e insetos frutíferos, também no mesmo período.[2]

As evidências são massivas e consistentes, e todas apontam para o mesmo fato consumado da evolução, incluindo ancestralidade comum, mudança com o tempo, e adaptação influenciada pela seleção natural. Seria presunção demais não aceitar esses fatos como evidência científica.

* Ver Falseabilidade, Modus tollens em ciências, Demarcação, a página de discussão desta página.

Referências[]

  1. Willem J. Ouweneel; O CARÁTER CIENTÍFICO DA DOUTRINA DA EVOLUÇÃO[1] - www.scb.org.br
  2. Benner, S. A., M. D. Caraco, J. M. Thomson and E. A. Gaucher. 2002. Planetary biology--paleontological, geological, and molecular histories of life. Science 296: 864-868.
  1. Theobald, Douglas. 2004. 29+ Evidences for macroevolution: The scientific case for common descent. http://www.talkorigins.org/faqs/comdesc/
  2. Colby, Chris. 1993. Evidence for evolution: An eclectic survey. http://www.talkorigins.org/faqs/evolution-research.html
  3. Moran, Laurence. 1993. Evolution is a fact and a theory. http://www.talkorigins.org/faqs/evolution-fact.html
  4. Mercer, John M. and V. Louise Roth. 2003. The effects of Cenozoic global change on squirrel phylogeny. Science 299: 1568-1572.

Ligações externas[]

  • Francisco Quiumento; Ovelhas no campo, a cor dos cisnes e dos corvos[2] - Texto apontando as limitações que a Filosofia da Ciência impõe às afirmações científicas.
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