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Alegação[]

As proteínas necessárias à vida são muito complexas. As chances de uma simples proteína se formar ao acaso é de 1 para 10¹¹³ (ou 10²³², ou 10³²³²¹, depende de quem inventou a frase).

Resposta[]

Cálculos de probabilidade são totalmente irrelevantes tanto para a evolução quanto para a origem da vida, primeiro porque é assumido que as proteínas se formam ao acaso, enquanto a bioquímica não é regida pelo acaso.[1] Ela é regida por reações químicas e complexas interações entre os produtos. Por exemplo, moléculas complexas foram encontradas inclusive no espaço. É até possível que os tijolos da vida tenham se originado lá.[2]

Em segundo lugar, assume-se as células primordiais surgiram como as de hoje. Ninguém sabe como elas eram, mas sabe-se que deveriam ser muito mais simples que as que nós temos hoje. As de hoje são o resultado de bilhões de anos de evolução e seleção natural. As primordiais provavelmente eram muito mais simples.

E por último, não se leva em conta os trilhões de tentativas que podem ser feitos ao longo de bilhões de anos. Por exemplo, as chances de ganhar na mega sena é de uma em 50.063.860. Ou seja, há uma grande probabilidade de eu passar o resto da vida jogando, e jamais acertaria os 6 números premiados. Mesmo assim, apesar de acumular muito, sempre tem alguém que ganha. Isso acorre porque junto comigo outros milhões de brasileiros também estão jogando. Eventualmente, e inevitavelmente, alguém vai acertar.

Agora, imagine os zilhões de moléculas, em cada um dos milhões de planetas espalhados no universo, ao longo de bilhões de anos. Será assim tão improvável o surgimento da vida em algum, ou alguns, desses planetas?

Referências[]

  1. Musgrave, Ian. 1998. Lies, damned lies, statistics, and probability of abiogenesis calculations. http://www.talkorigins.org/faqs/abioprob/abioprob.html
  2. Spotts, Peter N. 2001. Raw materials for life may predate Earth's formation. The Christian Science Monitor, Jan. 30, 2001. http://search.csmonitor.com/durable/2001/01/30/fp2s2-csm.shtml

Outros artigos a consultar[]

  • Stockwell, John. 2002. Borel's Law and the origin of many creationist probability assertions. [1]
  • Francisco Quiumento; "Lei de Borel", mais uma falácia criacionista [2]] - um tratamento em português para a Lei de Borel como uma das falácias criacionistas.
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