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Alegação[]

É comum ver alguns críticos da evolução afirmando que a Teoria da Evolução “pegou o bonde andando” por não explicar a origem da vida, sugerindo que isso invalidaria a mesma; ou a torna muito incompleta, ou que tem "obrigação" de explicar a origem da vida uma vez que domina o entendimento do mecanismo da vida não criada ou descendida pela lei da biogênesis (Vida provém da vida) . Assim, esta falta da Teoria para explicar a contento a origem da vida , mostrariam que ela é uma teoria falha.[1]

Esta afirmação se baseia na pressuposição de que as teorias científicas têm a obrigação de formar conjuntos abrangentes , lógicos, harmônicos e coerentes, e uma teoria relacionada com a vida teria a obrigação de explicar seu inicio .

Darwin foi mais coerente que alguns escapistas atuais e arriscava falando que a vida teria surgido de uma sopa morna, por pensar logicamente dentro do que se espera por uma natureza não criada mas evoluída. Uma vez que o mecanismo da evolução aleatoria é capaz de poder gerar complexificação ilimitada nos seres vivos, isso nos remete automaticamente a perguntar sobre o passado inorgânico quando surgiu supostamente o primeiro ser vivo. Ou seja, se o mecanismo aleatorio da evolução é tão poderoso porque não pode explicar , ou se evita explicar o inicio da vida?

Tentivas de se demonstrar a abiogênesis foram feitas pela Teoria de Oparin da sopa primordial e a do mundo do RNA, que a complementa [7]. Depois temos diversas idéias e projetos metafisicos materialistas e anti-teológicos como panspermia e outras. Como se a ciência pudesse avistar tudo menos Deus e a revelação religiosa de um Design Inteligente.

Mas a principal alegação criacionista quanto a limites da evolução é que existe uma extrapolação bio-modificacional de descendencia totalmente comum aos diversos filos. O criacionismo é tão evolucionista quanto o evolucionismo , mas com limites a tipos básicos criados que descenderam em subespecies variadas que se adaptaram as contingencias da vida. O Criacionismo demonstra desde a hipótese dos tipos básicos de Marsh (1976) que existe limites entre cruzamentos artificiais , que certos generos e especies se cruzam direta ou indiretamente, ou pelo menos dão um inicio de formação embrionaria resultado de emparelhamento cromossomico, mas certas tentativas como homem e chipanzé, ou homem e gorila, muito mais parecidos morfologicamente e geneticamente que outros casos mais distintos de especies aparentadas, não dá nem inicio de formação embrionaria, demonstrando assim limites da evolução e da descendencia totalmente comum.

Resposta[]

Nenhuma teoria explica tudo. Não é assim que funciona a ciência. Com a Teoria da Evolução não é diferente, pois ela não se aplica até em algumas áreas da própria Biologia. Ela explica muito bem como as espécies se modifica(ra)m ao longo do tempo, mas não explica uma série de outras coisas, porque algumas explicações dependem de outros fatores — e algumas outras ainda sequer foram encontradas. Talvez algumas estejam até além da compreensão humana. É assim que funciona a ciência, ela não tem a pretensão de saber tudo ao mesmo tempo agora.

O que a ciência não sabe, ela não explica. No entanto, existem muitas coisas que criacionistas alegam que a Teoria da Evolução não explica.

Exemplos[]

Bem, vejamos alguns exemplos de como “pegar o bonde andando” não significa nada, tomando alguns episódios da história do progresso na Física:

Johannes Kepler, após uma árdua jornada que demandou anos de dedicação à Astronomia, coletou dados de observações tentando provar seu modelo heliocêntrico com base nos sólidos de Pitágoras. Acabou descobrindo que a órbita dos planetas não tem nada a ver com os sólidos astronômicas, mas alcançou progressos muitos importantes: descobriu que as órbitas eram elípticas e elaborou as três Leis de Kepler do movimento planetário, que descrevem matematicamente a órbita dos planetas.

No entanto Kepler de nada sabia sobre a gravidade, força que foi definida por Isaac Newton muito tempo depois. Ele não fazia idéias do porque os planetas terem tais órbitas, apenas as descreveu matematicamente. Logo, podemos dizer que Kepler “pegou o bonde andando”, mas isso não quer dizer que as órbitas dos planetas deixem de ser elípticas, como vários outros matemáticos e astrofísicos se cansaram de provar refazendo posteriormente seus cálculos.

Isaac Newton partiu do modelo heliocêntrico já estabelecido e realizou o grande avanço seguinte. Deduziu a força da gravidade como sendo responsável pelas órbitas dos planetas e demais astros. Isso foi uma revolução, pois, em uma tacada só, ele descobriu a força responsável por toda a ordem cósmica. Ao demonstrar que toda a gravidade é uma propriedade da matéria, suas equações permitiram explicar e calcular com grande precisão os movimentos dos astros, e o motivo de serem como são.

Conhecendo a elipticidade das órbitas planetárias foi possível calcular trajetórias exatas para as sondas espaciais, é possível calcular com antecedência os eclipses e a freqüência dos cometas — é até mesmo possível recuar no tempo e saber quando ocorreram eclipses ao longo de toda a história da humanidade; mesmo sem sabermos porque os planetas se movem como se movem.

No entanto, Newton não sabia porque gravidade é uma propriedade da matéria — muitos menos sabia da relação tempo-espaço e gravidade, que foi descoberta por Einstein muito tempo depois. Ou seja, Newton também “pegou o bonde andando”, mas nem por isso as coisas caem para cima ou os eclipses deixam de ocorrer quando previstos;

Albert Einstein, já no século XX, traz a revolução seguinte; mudando a forma como a gravidade era vista e demonstrando que ela é, essencialmente, uma curvatura no espaço-tempo e estabelecendo uma relação direta entre tempo e espaço, que tornou possível prever fenômenos que ocorrem em velocidade próximas à da luz. Fenômenos que, em grande parte, já foram comprovados por satélites de GPS e observações astronômicas.

No entanto, Einstein não sabia explicar porque a matéria distorce o tempo-espaço, nem como encaixar esse fenômeno com o mundo das partículas elementares. Problema que hoje tenta ser resolvido pela física quântica. Ou seja, Einstein também “pegou o bonde andando”.

Assim funciona a ciência: com base em evidências parciais, tentando explicar os fragmentos da realidade um por um, cada vez mais se aproximando de quadro completo da realidade, através do esforço de anos de dedicação de pessoas como Keppler, Newton ou Einstein. É como a montagem de um imenso e complexíssimo quebra-cabeças cujo desenho não conhecemos e cuja quantidade de peças é indefinida e possivelmente infinita.

Lacunas não são falhas. Uma teoria falha quando a evidência a contradiz. Nenhuma teoria é melhor que um simples e reles fato. As lacunas mostram apenas que há mais trabalho a ser feito e convida cada um a fazer sua parte.

A origem da vida é uma lacuna incômoda, que não é abordada pela Teoria da Evolução, assim como a distorção do espaço-tempo não é abordada pela teoria da gravitação universal de Newton.

Referências[]

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